domingo, 23 de janeiro de 2011

A Família em Rede, Capítulo 3: Construtivismo/ Construcionismo.

Para os construtivistas a aprendizagem é mais facilitada quando é autodirigida, põe em causa a aprendizagem tradicional assente num modelo de transmissão, através do qual o professor é o detentor de toda a sabedoria e o aluno apenas um mero ouvinte. O aprendiz tem de construir conhecimentos novos em qualquer situação. Segundo Piaget, “Compreender é inventar” (Papert, 1996:75). Aqui o professor assume um papel de inventor, ao invés de fornecer conhecimentos já consolidados. Neil Postman disse, “para um aluno que veja razão para aprender, quase todos os meios servem.” (Papert, 1996:76)
Na abordagem construcionista as crianças devem construir os seus próprios jogos, a experiência que estes forem adquirindo dará às crianças uma imagem concreta do quanto estas podem aprender. As crianças ao terem a liberdade de mexer nos computadores aprendem pormenores técnicos, tais como, a programação de computadores, adquirem alguns conceitos tradicionalmente incluídos nos currículos escolares. Deste modo as crianças desenvolvem a percepção do seu eu e de controlo, ou seja, a sua actividade intelectual é controlada por estas. As crianças devem ter resultados das suas acções, mas estas não devem necessariamente ser apresentadas como certas ou erradas.
Quando escolhemos um software para que as crianças o explorem este deve permitir que a criança se encarregue das suas explorações, construções e criações. A imaginação e a actividade criativa deve estar na essência de toda a acção, o software deve permitir à criança fazer algo que possa ser partilhado consigo ou com outras pessoas. Os programas devem possuir vários níveis. Quando Papert faz referência aos micromundos esta a falar de ambientes educativos, onde a máquina é utilizada como meio para a realização de mundos simples e limitados. Aqui os embaraços do mundo real ficam de parte.
O Logo, é uma linguagem especialmente desenhada para ser utilizada pelas crianças, foi por Papert iniciada em 1965. É considerada uma das maiores linguagens naturais, esta serve para dar instruções aos computadores e em poucos minutos as crianças são capazes de conseguir que o computador faça algo que estas desejam. Esta é uma linguagem universal. As crianças ao programarem aprendem com prazer e a sua programação potencia a aprendizagem de tudo o resto.
Actualmente a Linguagem Logo está representada nas escolas por uma comunidade de professores que se dedicam à sua exploração.

Referências Bibliográficas:

Papert, Seymour (1996). A Família em Rede. Lisboa. Relógio d’Água Editores.

Discentes:

Joana Gonçalves nº 2059007
Liliana Pereira nº 2030408
Petra Spinelli nº 2025407

Sem comentários:

Enviar um comentário