O software que escolhemos para analisar vem instalado nos computadores Magalhães, distribuídos pelo Programa E-escolinhas e chama-se Eu sei.
Segundo o jornal Expresso, na sua versão on-line de 4 de Outubro de 2008, este software “foi produzido na Escola Superior de Educação de Santarém (ESES), pela equipa do Centro de Competência TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) ”... “os conteúdos inseridos no Magalhães, concebidos e desenvolvidos pelos professores Teresa Pacheco e Maurício Dias, integram mais de uma centena de jogos e actividades destinados aos alunos do primeiro ciclo, apresentando uma "interface interactiva e facilidade de uso"”.
Ao iniciar o programa surge uma janela onde se pode escolher qual o ano de escolaridade com que se quer trabalhar. Ao escolher o ano surgem as diferentes disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio onde, dentro de cada uma delas se pode escolher diversas actividades.
Após uma cuidada apreciação do programa pudemos constatar que possui alguns conteúdos que são adequados para a livre exploração por parte da criança e outros que necessitam de apoio de um adulto, caso sejam feitos na altura em que a crianças se encontram a abordar esses conteúdos.
As vantagens deste programa referem-se ao facto de abordarem conteúdos que fazem parte do currículo do 1º ciclo e, com a introdução das aulas de informática durante as horas curriculares de leccionação e com o uso do Magalhães na sala de aula, se o docente souber aproveitar este programa, terá um valioso auxiliar na sua prática. Isto mesmo refere, ao Expresso, Nuno Bordalo Pacheco, coordenador da equipa que desenvolveu o programa “pelas suas especificações, apresenta-se como "um bom instrumento", mas o aproveitamento das suas "grandes potencialidades" vai depender de "uma boa utilização", aspecto em que a intervenção de professores e pais é considerada essencial”.
Quanto às desvantagens temos a apontar o facto de algumas das actividades não permitirem o erro, ou seja, ao utilizador não é permitido errar, só lhe sendo permitido colocar a resposta no seu devido lugar. Uma vez que o construtivismo, tal como refere Seymour Papert, permite que o erro se torne “objecto de análise para que seja identificado e reformulado, desencadeando aprendizagem e desenvolvimento”, este software foge, em certos aspectos, ao conceito de construtivismo. Um exemplo deste tipo de actividade é a actividade Animais domésticos, para o 2º ano de escolaridade, dentro da Língua Portuguesa, que apenas permite a colocação dos nomes dos animais nos locais correctos, não dando a possibilidade ao aluno de cometer erros e reflectir sobre eles.
Uma vez que não permite ao utilizador construir o seu próprio conhecimento, sendo um software fechado, que apenas leva o utilizador a seguir as instruções previamente programadas insere-se numa abordagem Behavorista.
Cabe aqui referir que este programa é aprovado pelo Ministério da Educação.
Referências bibliográficas
PAPERT, Seymour, (1997), A família em rede, Lisboa: Relógio D’Água Editores.
Eu sei, Programa educativo inserido no computador Magalhães.
http://.aeiou.expresso.pt/software-educativo-do-magalhaes-produzido-em-santarem=f415824
Elaborado por: Ana Luisa Caires e Luisa Sousa
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